quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

AMANHÃ COMPRO UMA ARMA...


Russo de 16 anos ganha estrela porno

Tranca e viola rapariga em supermercado

Jovem de 15 anos está desaparecido

Nelson e Sónia conceberam Samira no primeiro encontro

Moradia à venda afinal é um jazigo

Homem mata mulher na Mealhada

Arranca bebé do ventre da mãe

"Alguém lhe fez mal"

"Amava muito a Sónia mas não lhe perdoo"

Queda de neve e agitação marítima para amanhã

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Amanhã compro uma metralhadora, uma gabardina e um colete salva vidas… (e uma caixa de preservativos não vá ganhar um prémio)!

sábado, 20 de fevereiro de 2016

O QUE NOS TRAZ A MADRUGADA



Thomas Moore acreditava numa ilha ideal onde a Justiça, a Liberdade e a justa distribuição da riqueza haviam de imperar. Na ilha real onde vivia condenaram-no à morte. O que podemos esperar de um país que matou Thomas Moore? O discurso egoísta de Cameron não admira portanto: precisa de agradar a um país que há 170 anos, sendo a nação mais rica e poderosa do mundo, deixava morrer à fome a população irlandesa à sua guarda e administração, com imagens de cadáveres de crianças estendidas pelas ruas das cidades a correr mundo, para espanto de todos menos dos ingleses que mantiveram a fleuma. O Reino Unido mantem-se na União Europeia com um estatuto diferente dos restantes países, tentando agradar aos que, desconhecendo a própria história e o sangue dos bárbaros europeus que lhes corre nas veias, julgam viver numa “ilha”. Um país que deve a sua riqueza e glória ao saque das nações do resto do mundo fora da Europa, e cujo chefe discursa daquele modo, é caso para perguntar se a Inglaterra tem consciência. Se os ingleses não querem ser europeus então percebo que os escoceses (com o seu petróleo) não queiram ficar unidos aos ingleses.

E da madrugada que celebra os cem anos de uma das mais sangrentas e prolongadas batalhas da primeira Guerra Mundial, onde a estupidez e cupidez europeias mataram mais de 900 000 pessoas nos verdes campos de Verdun, chega-nos mais uma triste notícia: a morte de Umberto Eco. “Acontecerá algo de terrível antes de se encontrar um equilíbrio”, vaticinava ele.

A estupidez dos europeus fez correr muito sangue ao longo dos séculos mas foram a sua cultura e capacidade crítica, herdeiras da filosofia nascida na Grécia, que tornaram a civilização europeia superior. Mudar a cultura pelo dinheiro é matar a civilização. É por isso que me sinto empobrecido e órfão quando pessoas como Umberto Eco desaparecem das nossas vidas.

        Quando os Ecos morrem, ficamos sozinhos e entregues aos Camerons do mundo e isso, mais do que perturbador, é assustador! É que VERDUN foi há cem anos!

Mas da madrugada do dia dos beatos Jacinta e Francisco, que um dia viram a Senhora cuja simbologia se vê nas cores e nas estrelas da bandeira da Europa, chegam-nos também notícias de Esperança…

domingo, 7 de fevereiro de 2016

ORÇAMENTO: PÃO OU BRIOCHES?


António Costa obteve, por enquanto, uma vitória sobre Bruxelas, e não tenho dúvidas que tem sido hábil em gerir o conflito entre Bruxelas e o acordo que firmou. Para tirar de cima das famílias a carga fiscal diminuiu os impostos directos aumentando os indirectos, calando a boca a Bruxelas e tapando os olhos à esquerda. Para responder a quem lhe descobria a careca, resolveu imitar Maria Antonieta que mandava aos esfomeados que substituíssem o pão por brioches, e recomendou ao Povo que andasse menos de carro, deixasse de fumar e não pedisse emprestado. Poupam na carteira enquanto melhoram a saúde, deixou ele implícito, e já não sentem o peso do imposto indirecto.  
Se o Povo seguir o seu conselho deixando de fumar e de andar de carro, diminuirá drasticamente a receita esperada pela cobrança dos impostos indirectos, e Costa não terá outro remédio senão aumentar os impostos directos e então a lógica será uma batata. Tal como aconteceu a Maria Antonieta, a esquerda pedirá então a sua cabeça.  
Impostos por impostos, continuemos a fumar e a andar de carro, que é como quem diz: se o brioche é ao preço do pão, fiquemos com o brioche.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

UM CRUZADOR CHAMADO DÉFICIT


Em 1890 a infame Inglaterra lançou a Portugal um ultimato, intimando o nosso país a abandonar o território situado entre Angola e Moçambique que fazia parte do famoso mapa cor-de-rosa (com um nome destes e queríamos que nos respeitassem). Portugal tinha, a fazer fé numa nota do Fórum Defesa, um único navio de guerra: o Mindelo com 6 peças e 2 rodízios (seja lá isso o que for) e uma tripulação de 120 valentes e briosos marinheiros. Maria da Fonte e as mulheres que a acompanhavam estavam tolhidas pelo reumático ou já tinham falecido, pelo que não houve outro remédio senão capitular. As boas consciências nacionais não perdoaram o rei, que capitulava no plano político para livrar o país de uma humilhação maior no campo de batalha, e, na falta de orçamento de estado cujo deficit é endémico em Portugal desde a entrega do dote de D. Catarina de Bragança e o esbanjamento do ouro do Brasil na compra dos carrilhões de Mafra, vai de organizarem uma subscrição para a compra de um navio de guerra que fizesse tremer de medo a poderosa Inglaterra cuja armada se gabava de ter, pelo menos, um dos seus navios em quase todos os portos do mundo. Conseguido o dinheiro mandou-se fabricar o navio, não em Inglaterra como de costume, mas na Itália, talvez por influencia da belicosa rainha viúva, uma italiana de pelo na venta que custava a aturar a pusilanimidade do marido e do filho e que um dia ameaçou de morte o Duque de Saldanha, mas isto sou eu e a minha imaginação.

Em 1897, com o país distraído com as visitas de Suas Majestades e esquecido já da humilhação, chega à barra do Tejo um potente cruzador de 10 peças, duas metralhadoras, 3 tubos lança torpedos e uma guarnição de 206 homens. Custou-nos o equivalente a oito milhões de euros e o governo, um pouco assustado, logo o baptizou de Adamastor: os ingleses que se cuidassem!

Viajou do Brasil ao Japão, passando por Timor, mas a primeira vez que as suas peças abriram fogo foi, não para afundar a armada britânica, mas para bombardear, no fatídico dia 5 de outubro de 1910, o palácio das Necessidades, residência oficial de D. Manuel II, filho do rei que não quis dar batalha aos ingleses. Seguir-se-ia uma brilhante carreira contra os alemães no Norte de Moçambique, durante a 1ª guerra Mundial, alemães que, não obstante a derrota na guerra e o cruzador Adamastor, lograram vencer todas as batalhas travadas em África.

Já não temos o Adamastor, mas temos dois submarinos e só não os mandamos a Bruxelas porque a capital europeia não tem praia. Resta-nos o Arménio Carlos para ir à Europa ameaçar que ou nos aprovam o orçamento ou, ou, ou…

Cá por mim julgo que está na hora de mais uma subscriçãozinha para um cruzador chamado deficit!