sexta-feira, 16 de junho de 2017

PAÍS DE COMEDIANTES


Uma agência europeia procura uma nova cidade para sede que substitua Londres, tornada incapaz devido ao brexit. Itália oferece Milão, uma cidade equidistante dos grandes centros europeus e com dois aeroportos a servi-la. Espanha propõe Barcelona, a cidade ibérica mais próxima do centro da Europa, servida por um importante porto mediterrânico e um aeroporto com 44 milhões de passageiros por ano, o dobro do de Lisboa.
Portugal aventura-se e propõe o melhor que tem em comparação com o que oferece Milão e Barcelona: Lisboa. Os senhores deputados da Nação votam unanimemente e com aclamação a escolha, que acham, e bem, poder ser uma aposta vencedora.
Os mesmos deputados, que aparentemente não conhecem as propostas em que votam, acompanhados por Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, morgado da Agra de Freimas, vêm agora para a rua rasgar as vestes porque o Porto, Braga, Coimbra, e até a Guarda podiam cumprir o desiderato se o governo não fosse tão centralizador. Eu pergunto-me porque ficam as Caldas da Rainha de fora? Tem o mais antigo hospital termal do mundo, e isso deveria ser levado em consideração.
Se há alguém com juízo na Europa, não ganharemos o lugar, mas o prémio de país de melhores comediantes ninguém nos tira.

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